quinta-feira, 10 de março de 2011

A banalização da igreja.

Fico triste em ver como a igreja evangélica tem se tornado motivo de escárnio, mas minha tristeza é maior em saber que isto não acontece à toa, foi-se o tempo que os evangélicos eram respeitados e que pastor era bem visto e benquisto  pela sociedade e que a igreja era lugar de oração. Isso acontece porque muitos "pastores" sem preparo e sem chamada tem aberto "igrejas" de qualquer maneira, basta ter uma garagem e um microfone e pronto. Ouvi dizer que criaram um kit de "pastor", neste kit vinha um microfone, uma caixa de som e uma carteirinha. Conheço alguns individuos que por não aceitarem disciplina sairam de igrejas sérias e abriram as suas próprias, outros tentaram fazer algum outro tipo de trabalho e por não darem certo em nada se consagraram "pastor". Não sou contra a propagação do Evangelho e nem do surgimento de novas denominações, mas em minha opinião a lei é muito frouxa no que diz respeito a abertura de igrejas, só é exigido o pagamento de algumas taxas, o interessante é que não é qualquer um que pode abrir um consultório ou um escritório, mas igreja não tem problema a burocracia é zero. A fé tem menos importancia do que outras coisas. 

Recentemente circulou pela internet uma prova de como é fácil abrir uma igreja aqui no Brasil.

Leia e lamente.

Vou abrir minha igreja e já volto!!! - Folha de São Paulo...

O primeiro milagre do heliocentrismo.
Eu, Claudio Angelo, editor de Ciência da Folha, e Rafael Garcia, repórter do jornal, decidimos abrir uma igreja. Com o auxílio técnico do departamento Jurídico da Folha e do escritório Rodrigues Barbosa, Mac Dowell de Figueiredo Gasparian Advogados, fizemo-lo. Precisamos apenas de R$ 418,42 em taxas e emolumentos e de cinco dias úteis (não consecutivos) . É tudo muito simples. Não existem requisitos teológicos ou doutrinários para criar um culto religioso. Tampouco se exige número mínimo de fiéis. 
Com o registro da Igreja Heliocêntrica do Sagrado Evangélio e seu CNPJ, pudemos abrir uma conta bancária na qual realizamos aplicações financeiras isentas de IR e IOF. Mas esses não são os únicos benefícios fiscais da empreitada. Nos termos do artigo 150 da Constituição, templos de qualquer culto são imunes a todos os impostos que incidam sobre o patrimônio, a renda ou os serviços relacionados com suas finalidades essenciais, as quais são definidas pelos próprios criadores. Ou seja, se levássemos a coisa adiante, poderíamos nos livrar de IPVA, IPTU, ISS, ITR e vários outros "Is" de bens colocados em nome da igreja. 
Há também vantagens extratributárias. Os templos são livres para se organizarem como bem entenderem, o que inclui escolher seus sacerdotes. Uma vez ungidos, eles adquirem privilégios como a isenção do serviço militar obrigatório (já sagrei meus filhos Ian e David ministros religiosos) e direito a prisão especial.

"É impossível que não venham escândalos, mas ai daquele por quem vierem"!     Lucas 17.1 

4 comentários:

  1. Olá Pr. Rafael
    A Paz Amado!
    Li e gostei desta postagem, interessante e lamentável! Mas é tudo verdade!

    Infelizmente é assim mesmo! Se abre igreja hoje para ganhar dinheiro...
    Estive numa igreja, onde o "Pastor" era ex-bandido e matador... Mas aceitou Jesus e como não tinha profissão, virou pastor (mercenário)e ficava lá fazendo ganhando o sustento de cada dia...

    Quero com usa autorização... postar no meu Blog.
    OK?

    Um grande Abraço!
    Pastora. Maria Valda.

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  2. Graça e Paz Pastora, sinto-me honrado com sua visita e pelo seu desejo de publicar este texto, fique a vontade. Que Deus vos abençoe.

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  3. Olá Pastor, Graça e Paz !
    Infelizmente este seu relato é a mais pura realidade nos tempos atuais. Existem Conselhos rRegionais pra tudo, porque não um para Pastor e este ser Regulamentado pelo Governo, habilitando a pessoa a atuar ou estar a frente de uma Igreja.
    Este negócio tem que ser visto de perto pelas autoridades para que protejam a sociedade dos falsos pastores que só possuem um objetivo, Dinheiro...
    Observe que a maioria das "igrejas" fundadas por este tipo de pessoal, não possui nenhum tipo de trabalho social para distribuição de sua arrecadação. O que vemos, são "igrejas" adquirirem TEMPLOS próprios, Imóveis para casa de oração, carros, etc... para que tanta riqueza se não é distribuída e repartida como manda o evangelho. Isto não se aplica apenas as Evangélicas, veja a riquiza da católica...Quantos Imóveis, terrenos, obras de arte, ouro....e nada para população !
    Gostaria de sua autorização para postar em meu Face seu texto.
    Abraços
    Alessandro Chimentão
    Taubaté - SP

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