sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Cristianismo na Inglaterra pede socorro

A acentuada queda na freqüência dos cultos tem levado muitas comunidades na Grã-Bretanha a verem os prédios usados como igrejas se tornando disponíveis para outros usos. Em média, 30 igrejas são fechadas na Inglaterra a cada ano, geralmente como consequência da diminuição do número de fieis. No Reino Unido, a igreja oficial é a Episcopal Anglicana, que tem ligações históricas com os reis daquela nação.

Estima-se que durante os últimos 30 anos do século passado, um período de acentuado declínio do cristianismo na Europa, a taxa de fechamento foi particularmente elevada. Mais de 1.500 templos cristãos ficaram obsoletos. Para muitos ingleses, o culto da véspera de Natal é a única visita à igreja durante o ano.
Encontrar um uso para essas belas e antigas construções tem sido uma dor de cabeça para a Divisão de Igrejas Fechadas do país. Muitas foram simplesmente demolidas porque o custo de manutenção se tornou demasiadamente alto. Algumas foram vendidas e posteriormente demolidas para que surgissem outros prédios em seu lugar. Um número não revelado foram convertidas em mesquitas islâmicas.
Edifícios que antes eram o ponto focal da vida nas aldeias foram simplesmente abandonadas e ostentam uma placa de “vende-se”.
Não por acaso este declínio na adoração coletiva coincidiu com as mudanças profundas no perfil dos moradores das cidades menores.
Barney White-Spunner, um ex-soldado que hoje preside a Aliança Pelo Campo, acredita os templos deveriam ser preservados, mas dando-se a eles um novo sentido.
Ele está fazendo um estudo para viabilizar que os antigos lugares de culto religioso possam se tornar pontos focais da comunidade, tornando-se auditórios, feiras, creches, postos policiais ou algo parecido.
Uma de suas sugestões é que as igrejas que possuem um número reduzido de membros e enfrente dificuldades financeiras, deveriam compartilhar o espaço com fiéis de outras religiões. Muitos pastores já estão caminhando nessa direção, mas têm enfrentado oposição dos membros restantes e por isso estuda-se uma maneira de incentivar essa mudança num país cada vez menos cristão.
Sir Barney acredita que em breve a maioria das antigas igrejas terá uma nova utilidade para suas comunidades. Traduzido de Telegraph. 
Fonte: gospelprime.com.br
E de pensar que a Inglaterra foi berço de grandes avivalistas como John Bunyan, John Wesley, C.H. Spurgeon e tantos outros.

domingo, 23 de dezembro de 2012

Agentes de restauração


Juizes 2-1-16

E subiu o anjo do SENHOR de Gilgal a Boquim, e disse: Do Egito vos fiz subir, e vos trouxe à terra que a vossos pais tinha jurado e disse: Nunca invalidarei a minha aliança convosco.
E, quanto a vós, não fareis acordo com os moradores desta terra, antes derrubareis os seus altares; mas vós não obedecestes à minha voz. Por que fizestes isso? Assim também eu disse: Não os expulsarei de diante de vós; antes estarão como espinhos nas vossas ilhargas, e os seus deuses vos serão por laço. E sucedeu que, falando o anjo do SENHOR estas palavras a todos os filhos de Israel, o povo levantou a sua voz e chorou. Por isso chamaram àquele lugar, Boquim; e sacrificaram ali ao SENHOR. E havendo Josué despedido o povo foram-se os filhos de Israel, cada um à sua herança, para possuírem a terra. E serviu o povo ao SENHOR todos os dias de Josué, e todos os dias dos anciãos que ainda sobreviveram depois de Josué, e viram toda aquela grande obra do SENHOR, que fizera a Israel. Faleceu, porém, Josué, filho de Num, servo do SENHOR, com a idade de cento e dez anos; E sepultaram-no no termo da sua herança, em Timnate-Heres, no monte de Efraim, para o norte do monte de Gaás. E foi também congregada toda aquela geração a seus pais, e outra geração após ela se levantou, que não conhecia ao SENHOR, nem tampouco a obra que ele fizera a Israel. Então fizeram os filhos de Israel o que era mau aos olhos do SENHOR; e serviram aos baalins. E deixaram ao SENHOR Deus de seus pais, que os tirara da terra do Egito, e foram-se após outros deuses, dentre os deuses dos povos, que havia ao redor deles, e adoraram a eles; e provocaram o SENHOR à ira. Porquanto deixaram ao SENHOR, e serviram a Baal e a Astarote. Por isso a ira do SENHOR se acendeu contra Israel, e os entregou na mão dos espoliadores que os despojaram; e os entregou na mão dos seus inimigos ao redor; e não puderam mais resistir diante dos seus inimigos. Por onde quer que saíam, a mão do SENHOR era contra eles para mal, como o SENHOR tinha falado, e como o SENHOR lhes tinha jurado; e estavam em grande aflição.
E levantou o SENHOR juízes, que os livraram da mão dos que os despojaram. 

O livro dos Juízes relata um triste período na história de Israel, foram aproximadamente 180 anos de altos e baixos, porém para entendermos este livro devemos voltar um pouco na história.

Depois de 430 anos de escravidão, Deus levanta um homem chamado Moisés que se torna o libertador do povo.

Uma característica muito peculiar do ministério de Moisés são os sinais que Deus fazia para atestar seu chamado.

Logo em sua chamada, no primeiro encontro de Deus com Moisés algo sobrenatural acontece, uma sarça arde em fogo, mas não se consome Ex 3.2-3, e estes milagres seguem-se até o fim da vida de Moisés.

A geração que foi libertada do Egito foi uma das gerações que mais presenciaram milagres;
  • Eles viram as dez pragas que Deus mandou sobre o Egito;
  • Foram protegidos e guiados pela nuvem e pela coluna de fogo que Deus enviara;
  • Atravessaram o Mar Vermelho a pés secos e neste mesmo mar viram seus inimigos serem afogados;
  • Viram as águas amargas de Mara se tornarem boas para se beber;
  • Foram alimentados com Maná que vinha do céu;
  • Quando não tinham água Deus fazia a rocha de tornar nascente;
  • Foram vitoriosos em suas batalhas mesmo quando lutavam com inimigos mais poderosos.


·         Porém isso não foi suficiente para conquistar a lealdade do povo, eles vez por outra traiam a Deus, adorando outros deuses. Foi assim sob a liderança de Moisés e também de Josué.

Quando o povo pecava, o líder lembrava o que Deus havia feito por eles e lembrava das misericórdias do Senhor, quando lembrava dos feitos de Deus o povo se arrependia, mas o tempo foi passando e Moisés morreu, depois seu sucessor Josué também morre, então se levanta uma geração que não tinha experimentado a escravidão, nem viram os sinais que Deus havia feito no meio deles, não sabiam quem eles eram, não sabiam o por que nem como chegaram ali, por isso se deixaram influenciar pelas nações vizinhas, passaram a adorar seus deuses e provocaram o Senhor.

O ultimo versículo do livro resume muito bem como era o comportamento do povo: “Naqueles dias não havia rei em Israel: cada um fazia o que achava mais reto” Jz 21.25

Esta é a mensagem para hoje, o texto que lemos embora tenha sido escrito a mais de 3.000 anos atrás fala exatamente do momento em que vivemos, estamos vendo o surgimento de uma geração que não conhece a Deus.

A geração atual gosta muito de shows, mais tem deixado de lado o louvor e a adoração, nossa geração gosta muito de palavras “proféticas” que trazem mensagens vitoriosas, mais não tem apego pela bíblia, a geração atual quer ser aceita pelo mundo e não transformá-lo, busca movimento e não avivamento.
Precisamos urgentemente de um retorno a Deus, de uma verdadeira restauração, pois nossa geração não conhece a Deus, e isso só vai acontecer se homens e mulheres forem levantados para serem arautos de Deus.

No meio daquela geração descrente e infiel Deus escolheu algumas pessoas para servirem de guias para o povo, estas pessoas foram chamadas de juízes, Suscitou o Senhor juízes, que os livraram da mão dos que os piharam Jz 2.16

Neste tempo só existe duas classes de pessoas: as que influenciam e aqueles que são influenciados, você tem que saber onde você está, não pode ficar em cima do muro.

Ou você pertence a classe dos que não conhecem  a Deus ou a classe que será usado para marcar e impactar nossa geração?

No total foram 13 juízes (Otniel, Eúde, Sangar, Débora e Baraque, Gidão, Tola, Jair, Jefté, Ebsã, Elom, Abdom, Sansão e Samuel) destes quero deixar de falar dos dois mais conhecidos, Samuel e Sansão, pois a história deles já são bem conhecidas, quero falar dos outros 12 que não se falam muito, talvez se fizesse um teste aqui ninguém neste auditório saberia falar os nomes deles.

Estes outros juízes eram pessoas simples como você e eu, mas que foram chamados por Deus, escolhidos pela soberana vontade do Senhor para revolucionar aquela geração, eles nem imaginavam como Deus os usaria e que impacto causariam na história de Israel.

O mesmo Deus quer levantar neste lugar pessoas como estas, homens, mulheres e jovens que tenham coragem de se entregarem totalmente a Deus, você quer ser um desses?

Então tome uma atitude e se entregue ao Senhor e seja um agente de restauração.      


sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

A águia e as galinhas


Era uma vez um camponês que foi a floresta vizinha apanhar um pássaro para mantê-lo em sua casa. Conseguiu pegar um filhote de águia. Coloco-o no galinheiro junto com as galinhas. Comia milho e ração própria para galinhas, embora a águia fosse o rei de todos os pássaros.


Depois de cinco anos, este homem recebeu em sua casa a visita de um naturalista. Enquanto passeavam pelo jardim, disse o naturalista:
- Esse pássaro aí não é galinha. É uma águia.
- De fato, disse o camponês, é uma águia, mas eu a criei como galinha. Ela não é mas uma águia. Transformou-se em galinha como as outras, apesar das grandes asas. 

- Não, retrucou o naturalista, ela é e será sempre uma águia, pois tem um coração de águia e este coração a fará um dia voar ás alturas.
- Não, não, insistiu o camponês, ela virou galinha e jamais voará como águia.

Então decidiram fazer uma prova. O naturalista tomou a águia, ergueu-a bem alto e desafiando-a disse:

- Já que você de fato é uma águia, abra suas asas e voe!

A águia pousou sobre o braço estendido do naturalista. Olhava  distraidamente ao redor. Viu as galinhas lá embaixo, ciscando grãos. E pulou para junto delas.

O camponês comentou: 
- Eu lhe disse, ela virou uma galinha!

- Não, tornou a insistir o naturalista, ela é uma águia e uma águia será sempre uma águia. Vamos experimentar novamente amanhã.

No dia seguinte, o naturalista subiu com a águia no teto da casa e sussurrou-lhe: 
- Águia, já que você é uma águia, abra as suas asas e voe!

Mas quando a águia viu lá embaixo as galinhas, ciscando o chão, pulou e foi para junto delas. O camponês sorriu e voltou à carga: 
- Eu lhe disse...!

- Não, respondeu firmemente o naturalista, ela é águia e possuirá sempre um coração de águia. Vamos experimentar ainda uma ultima vez. Amanhã eu a farei voar.

No dia seguinte, o naturalista e o camponês levantaram bem cedo, pegaram a águia, levaram-na para fora da cidade, longe das casas dos homens, no alto de uma montanha.

O sol nascente dourava os picos das montanhas. O naturalista ergueu a águia para o alto e ordenou-lhe: 
- Águia, já que você é uma águia, já que você pertence ao céu e não à terra, abra suas asas e voe!

A águia olhou ao redor. Tremia como se experimentasse nova vida. Mas não voou. Então o naturalista segurou-a firmemente, bem na direção do sol, para que seus olhos pudessem encher-se da claridade solar e da vastidão do horizonte. Nesse momento, ela abriu suas potentes asas, grasnou com o típico kau-kau das águias e ergue-se, soberana, sobre si mesma, e começou a voar, a voar para o alto, 
a voar cada vez mais para o alto. Voou... voou... até confundir-se com o azul do firmamento.

- Irmãos e irmãs, meus compatriotas! Nós fomos criados à imagem e semelhança de Deus! Mas houve pessoas que nos fizeram pensar como galinhas. E muitos de nós ainda acham que somos efetivamente galinhas. Mas nós somos águias. Por isso, companheiros e companheiras, abramos as asas e voemos. Voemos como as águias. Jamais nos contentemos com os grãos que nos jogarem aos pés para ciscar. 

Autoria: Leonardo Boff

O bom funcionário


Um gerente foi procurado por um funcionário, que veio reclamar que um colega havia tido um aumento salarial e ele não, o que considerava injusto.
Sem entrar no mérito do caso, o gerente pediu a este funcionário:
- Você está vendo aquele caminhão que está vendendo laranjas, lá no outro lado da rua? Vá, por favor, ver o preço das laranjas.
Meio sem entender o pedido do gerente, foi e logo voltou dizendo:
- O preço de uma dúzia de laranjas é R$1,00.
O gerente perguntou:
- E se eu comprar 10 dúzias, será que o preço é o mesmo? Você pode verificar?
Sem saber responder, lá foi o funcionário perguntar de novo, e logo voltou.
- Ele disse que se você comprar 10 dúzias, ele faz o preço de R$0,80 a dúzia.
- Eu estou realmente interessado nestas laranjas! E se eu comprar o caminhão inteiro, a que preço ele fará a dúzia?
Já com cara meio aborrecida, mais uma vez ele foi perguntar e voltou dizendo:
- Se você comprar o caminhão todo, ele vende a dúzia a R$0,55.
Agradecendo ao funcionário pediu para que ficasse ali e solicitou que o colega que havia tido o aumento fosse chamado à sua sala. Sorridente, ele logo entrou, e o gerente fez exatamente a mesma pergunta:
- Você está vendo aquele caminhão que está vendendo laranjas, lá no outro lado da rua? Vá, por favor, ver o preço das laranjas.
Rapidamente ele saiu e logo voltou com um saco de uma dúzia de laranjas debaixo do braço, e muito animado foi logo dizendo:
- O preço de uma dúzia é R$1,00. No entanto, se você comprar 10 dúzias ou mais, ele pode dar um desconto e vender a R$0,80 a dúzia. Mas se você quiser comprar o caminhão inteiro o preço é de R$0,55 a dúzia. Aí eu disse ao vendedor que o meu gerente estava interessado no preço das laranjas, e ele me deu esta dúzia como uma amostra, para você poder avaliar a sua qualidade.
O gerente agradeceu. O funcionário deixou a dúzia de laranjas na mesa e saiu.
Um silêncio se fez e o gerente nada teve a dizer, pois o funcionário que entrou reclamando, saiu tendo aprendido uma importante lição.

Definindo prioridades


Um homem aparentemente bem-sucedido, que havia enfrentado a maioria dos desafios do mundo dos negócios, lamentou: “quando finalmente alcancei o ponto mais alto da escada que leva ao sucesso, descobri que ela se apoiava o tempo todo na parede errada.” 

Às vezes, quando finalmente “caímos na real”, descobrimos que nossa linda casa não tem uma piscina! É nesse momento que olhamos para trás e questionamos nossa lista de prioridades.

Ano após ano, o antigo povo de Israel plantou, irrigou, cuidou e colheu em suas terras cheias de pedras. No entanto, qualquer coisa, como uma praga de gafanhotos, poderia destruir totalmente a colheita, impondo a fome durante os anos seguintes. 

Como um exercito que ninguém seria capaz de deter, os gafanhotos atacaram as vinhas e os campos de Israel durante o reinado de Joás. Deus usou aquele evento natural para ilustrar o que aconteceria com Israel nos últimos tempos.

Enquanto o povo nada podia fazer para restaurar os campos que foram destruídos, Deus prometeu compensar Israel no futuro. Do mesmo modo, há esperança para nós, mesmo quando nossas prioridades mal administradas provocam destruição em nossa família ou em nosso circulo de amizades. Nunca é tarde para mudar a situação e buscar as bênçãos de Deus.

‘Tome cuidado para que as coisas urgentes não atropelem as coisas importantes.”  Charles Hummell

Buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e sua justiça... Mt 6.33

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Sempre podemos fazer alguma coisa.


No dia 19 de julho, uma equipe de missionários se reuniu perto de Paju, Coreia do Sul, para lançar 30 balões de gás carregados de Novos Testamentos, folhetos com versículos bíblicos e outras  mensagens cristãs para a Coreia do Norte. Tendo analisado as condições favoráveis do clima e um vento que soprava forte na direção desejada, os balões foram diretamente para o norte alcançando aquele país isolado.
“O evangelho é a boa notícia que irá salvar os galhos secos na Coreia do Norte, como uma chuva de boas-vindas”, exclamou um dos missionários  durante uma oração feita antes do lançamento. A equipe responsável pelo envio era composta de missionários, voluntários, estudantes universitários e cristãos que têm parentes vivendo na Coreia do Norte.
Soldados sul-coreanos visitaram o local de lançamento, como de costume, mas em menor número do que no ano passado. Apesar do clima favorável, desta vez apenas 10 dos 30 balões preparados alçaram voo. O motivo foram problemas com o combustível a base de hidrogênio. Mesmo assim, a equipe orou antes do lançamento agradecendo por que foram enviadas 1.000 Bíblias e 90.000 folhetos.
“Estes homens e mulheres mostram uma paixão pelo lançamento de balões, pois sabem que a Palavra de Deus é enviada nesses balões por suas mãos”, escreveu um membro da Missão A Voz dos Mártires. ”Embora eles não possam entrar na Coreia do Norte, estes panfletos podem.”
Mais de 7.900 Novos Testamentos já foram enviados à Coreia do Norte em 2012.
A Seoul EUA é uma ONG coreano-americana que lança material evangélico desta maneira de 70 a 80 vezes por ano. Mas para os que duvidam da eficácia de seus métodos, eles agora tem provas de que seus balões estão atingindo o alvo.
O uso de dispositivos de rastreamento GPS acoplados aos balões confirma a localização precisa de vários de seus lançamentos este ano e as imagens fotográficas podem ser acompanhadas em seu site.
“Há muitos anos sabemos que os lançamentos de nossos balões têm atingido as áreas que planejamos por causa da resposta irada do governo norte-coreano”, disse o Presidente da ONG, o pastor Eric Foley. ”Mas os dispositivos de GPS nos fornecem dados precisos que nos ajudarão a aumentar ainda mais a precisão dos lançamentos futuros.”
A Coreia do Norte é o pais mais fechado do mundo para o Evangelho, lembra Foley. “Quando o governo sul-coreano tentou acalmar a tensão politica com a Coreia do Norte na década de 1990″, continua Foley, “eles perguntaram aos norte-coreanos, ‘Como podemos deixar vocês felizes?” ”Parem de mandar balões e parem de fazer transmissões cristãs de rádio” foi a resposta.  Embora o governo norte-coreano tente de tudo para impedir as transmissões de rádio e os balões, a mensagem de Deus continua chegando pelos céus.
Estima-se que o regime norte-coreano ainda tenha mais de 70.000 cristãos aprisionados em campos de concentração.Uma pessoa pode ir para a prisão por toda a vida apenas pelo “crime” de possuir uma Bíblia.
Traduzido e adaptado de Charisma News

Isso é um absurdo.

O humorista Renato Aragão, famoso pelo personagem Didi dos Trapalhões, vai estrelar um filme no qual viverá um suposto “filho de Deus”, enviado para cumprir a missão na qual Jesus teria falhado.
O Segundo Filho de Deus: Em novo filme de Renato Aragão, Jesus fracassou e Didi irá substitui-lo em “contos bíblicos”- Como Jesus veio à Terra e não conseguiu cumprir a sua missão, porque os homens não deixaram, Deus resolve mandar um segundo filho. Aí, sim, Ele cumpre a missão – explica Aragão sobre o roteiro do filme, segundo o site Padom.
A polêmica produção, intitulada “O Segundo Filho de Deus”, está sendo anunciada como tendo seu enredo será baseado em “contos bíblicos”, para contar a estória de que Jesus não cumpriu sua missão na terra, e por isso Deus envia o seu segundo filho para concluí-la.
Orçado em 8,1 milhões de reais, o filme será dirigido por Paulo Aragão, e será o 49º filme da carreira do comediante, que é também escritor, diretor e produtor.
Como escritor, Renato Aragão escreveu recentemente seu primeiro romance “Amizade Sem Fim”. Com claras alusões ao espiritismo, o livro conta história do jovem empresário Ely, que abre a mão de sua fortuna para empreender uma busca interior, recorrendo à regressão hipnótica, através da qual acaba descobrindo que numa de suas vidas passadas, foi amigo íntimo de Jesus Cristo.
- Até pensei em fazer regressão para escrever sobre o assunto com mais consciência, mas ficou só na vontade. No final das contas, pensei: ‘Ah, não vou entrar nessa não! – disse Renato sobre o livro.
Fonte: Gospel+

sábado, 25 de agosto de 2012

Enfrentando o deserto

“E Jesus cheio do Espírito Santo, voltou do Jordão e foi guiado pelo mesmo Espírito, no deserto”. Lc 4.1

Jesus tinha acabado de ter sido batizado por João Batista, uma das mais belas manifestações de Deus acabara de ser vista, tudo refletia glória e poder e Jesus
estava cheio do Espírito Santo.

Porém na mesma hora é conduzido ao deserto. Na Bíblia Sagrada lemos várias vezes a palavra deserto, e geralmente o associamos aos momentos difíceis, de provação e privação que enfrentamos em nossa vida.

Jesus semelhante a outros homens como Moisés e Elias teve que enfrentar o deserto.

O fato é que ninguém quer viver no deserto, mas todos querem sobreviver quando passam por ele.


Mas uma coisa você precisa saber, a vida é uma escola permanente, todo dia não importa a circunstância, sempre podemos aprender algo, até quando estamos passando pelo deserto

I.  Muitas vezes somos levados para o deserto pelo próprio Deus.

Lc 4.1- ...foi guiado pelo mesmo Espírito, no deserto.
Mt 4.1- foi levado pelo Espírito ao deserto
Mc 1.12- o Espírito o impeliu para o deserto (impelir= Dirigir, projetar com força para algum lugar)

Obs: Não são todas as vezes que Deus nos leva para o deserto, as vezes nós mesmo nos dirigimos para lá, veja o caso de Elias: I Rs 17.2-3; 9-10; 18.1, nestes casos o Senhor estava guiando o profeta, mas 19.3-4 Elias decide por sua própria vontade ir para o deserto e por isso o Senhor o repreende v.9.

II. Porque Deus nos leva para o deserto?

Para nos preparar para realizar sua missão – Ex: Moisés Ex 3.1-2 e Jesus Lc 4.13-14.    Ele faz isto porque no deserto aprendemos a ser dependente de Deus.

Para nos fortalecer – Lc 4.13; Tg 1.2-3; Rm 5.3-4; Fp 4.11-13.

Para se revelar a nós – Jacó em Betel Gn 28.10-16; Moisés no Horebe Ex 3.2-6; Elias também no Horebe I Rs 19.9-13.

Você pode estar dizendo: "Eu já sei que as vezes quem me leva para o deserto é Deus e sei que Ele faz isso por alguns motivos, mas o que devo fazer enquanto estou passando por esta prova?"

1º Aprenda a valorizar o que tem, mesmo que seja pouco;
2º Procure um abrigo; 
3º Não seja seu próprio guia;
4º Nunca pare.

Não importa por onde você tem andado ou como tem vivido, saiba que sempre estará com você se convidá-lo para andar contigo, e quando estamos com Deus o deserto se torna lugar de festa.







sábado, 30 de junho de 2012

Tu me amas?

"E, depois de terem jantado, disse Jesus a Simão Pedro: Simão, filho de Jonas, amas-me mais do que estes? E ele respondeu: Sim, Senhor, tu sabes que te amo. Disse-lhe: Apascenta os meus cordeiros. Tornou a dizer-lhe segunda vez: Simão, filho de Jonas, amas-me? Disse-lhe: Sim, Senhor, tu sabes que te amo. Disse-lhe: Apascenta as minhas ovelhas. Disse-lhe terceira vez: Simão, filho de Jonas, amas-me? Simão entristeceu-se por lhe ter dito terceira vez: Amas-me? E disse-lhe: Senhor, tu sabes tudo; tu sabes que eu te amo. Jesus disse-lhe: Apascenta as minhas ovelhas".  João 21:15-17


Você já reparou como é difícil dizer, eu te amo? 

Muitos casais que embora vivam há muitos juntos não trocam essas palavras, certa vez vi um filme que quando a mulher dizia isso para seu namorado, ele sempre respondia com idem, ele não conseguia falar que a amava.

Apesar de muitos terem o mesmo problema há uma coisa que é mais difícil do que dizer que ama, é amar. Amar de verdade é muito difícil, principalmente quando temos que dar provas deste amor. Pedro passou por isso, ele sempre foi visto como o mais ousado e afoito dos discípulos, era corajoso e firme como uma rocha Jo.1.42, porém havia momentos que essa rocha tremia como uma gelatina.

Pedro teve o privilegio de estar ao lado de Jesus durante três anos e meio, neste tempo ele participou ativamente da vida de Jesus até nos momentos mais íntimos, era comum Jesus separar Pedro, juntos com os irmãos Tiago e João quando queria revelar algo mais profundo.

Costumeiramente vemos o nome de Pedro vir antes dos outros discípulos, era um líder e estava sempre em evidência, mas na hora em que mais precisava se destacar e mostrar liderança ele recuou, quando teve a oportunidade de mostrar sua ousadia ele foi covarde, quando tinha que mostrar firmeza ele vacilou, quando tinha que demonstrar amor e lealdade 
Aquele a quem servia ele O negou Mt.14.66-72

Essa atitude não surpreendeu Jesus, pois Ele já sabia que Pedro faria isso, mas Pedro não Mc.14.27-31, Jesus conhece nossas fraquezas, mas mesmo   assim nos ama, no texto lido 

Jesus demonstra esse amor a Pedro através de três perguntas.

Essas perguntas marcaram a vida de Pedro, elas tiveram três propósitos:

1º Perdão: Só existe perdão quando há confissão, Jesus fez que Pedro confessasse seu amor por três vezes da mesma forma que O negou.

2º Provação: Jesus conhece nossos corações, diante de Jesus, Pedro mão podia mentir como fez com as criadas no templo, mas mesmo sendo conhecedor dos corações Jesus pergunta: Tu me amas? Jesus queria que Pedro declarasse seu amor diante dos discípulos.

3º Restauração: Após a morte de Jesus, Pedro perdeu o foco, não tinha mais uma direção na vida, esqueceu para que tinha sido chamado Mt.4.18-19; Jo.21.3a. Jesus restaura a vocação de Pedro.

Em algum momento da nossa vida podemos passar pela mesma coisa que Pedro passou, mas lembre-se que se isso acontecer Jesus estará pronto a nos perdoar e receber em Seus braços.


Deus te abençoe. 


Para quem sai andando e chorando


Uma palavra para os semeadores de hoje

Lendo a parábola do semeador e o Salmo 126 lembrei-me de muitos amigos e vários missionários. Veio forte a cena dos semeadores de hoje. Aqueles que falam de Jesus, visitam de casa em casa, servem o caído, cuidam do enfermo e enfrentam seus medos. Alguns andam a vida toda, aprendem línguas diferentes, estudam culturas distantes, escrevem projetos, sempre mais um lugar a chegar.

O Salmo 126 nos fala sobre a relação entre a caminhada e o choro. Quem sai andando e chorando enquanto semeia voltará para casa com alegria trazendo seus feixes, o fruto do trabalho. Para cumprirmos o ministério que Jesus nos confiou é necessário andar e chorar. E é certo que muitos fazem ambas as coisas. Tantas idas e vindas, caminhos incertos, a impressão de que há sempre mais um passo a dar, uma pessoa a evangelizar. E as lágrimas, que descem abundantes com a saudade que bate, a enfermidade que chega, o abraço que não chega, o fruto que não é visível, o coração que já amanhece apertado, o caminho que é longo demais.

Creio que temos andado e chorado. Mas voltaremos um dia, trazendo os frutos, apresentando ao Cordeiro e dando glória a Deus! Poderá ser amanhã, ou em algum momento ainda distante.  Mas ainda não é hora de voltar. É hora de seguir, andando e chorando, com alegria no coração e sabendo que não trocaríamos esta viagem por nenhuma outra na vida. O grande consolo e motivação é que não andamos sós. Ele está conosco. E maior é Aquele que está em nós. Portanto não desistimos, olhando sempre para o horizonte a frente e trazendo à memória o que pode nos dar esperança.

Guarde seu coração enquanto anda e chora. Não perca a alegria de viver e caminhar, nem a mansidão, nem a oração, ou o humor, ou o amor. Não deixe de semear mesmo quando está difícil. Lance a semente em todas as terras. Uma há de germinar e talvez a mais improvável. A que menos promete. Não dê ouvidos aquele que diz que não vai acontecer porque a terra é árida, o sol é forte e o vento está chegando. Lance a semente.

Abrace o que também anda e chora que está ao seu lado. Ele talvez se sinta só epense que é o único que chora enquanto caminha.

Andar e chorar é cumprir a missão. Se você tem feito isto, louve a Deus por esta oportunidade. É um grande privilégio. Um dia você voltará... 




Qual sua escolha?


Se, porém, não lhes agrada servir ao Senhor, escolham hoje a quem irão servir, se aos deuses que os seus antepassados serviram além do Eufrates, ou aos deuses dos amorreus, em cuja terra vocês estão vivendo. Mas, eu e a minha família serviremos ao Senhor". 
Josué 24:15


Há algum tempo saiu uma reportagem no site da veja sobre o livre arbítrio, alguns neurocientistas estão afirmando que isso não existe, que é apenas pensamentos teológicos e filosóficos, isso reflete o pensamento de várias pessoas que não acreditam que tenham o direito de fazer suas próprias escolhas, essas pessoas acreditam em um destino fatalista que diz que somos aquilo que nascemos para ser, que cada um vem ao mundo com um destino e que este não pode ser mudado.

Porém sabemos na pratica que isso não é verdade, nós temos sim o direito de fazer nossas próprias escolhas, isso é nosso direito desde que o mundo foi criado, o primeiro casal já tinha esse direito, Adão e Eva podiam escolher entre obedecer a Deus e ouvir a voz de satanás, infelizmente fizeram a escolha errada.
        
Josué o grande líder do povo de Deus, convocou os representantes das tribos de Israel e diante deles apresentou o desafio: ‘Escolhei hoje a quem haveis de servir” ele deu o direito de eles escolherem se iam servir a Deus os aos deuses pagãos.

Com base nesta palavra eu quero considerar com vocês algumas coisas muito importantes:

  • A possibilidade da escolha

Assim como ao povo de Israel foi dada a oportunidade de escolher entre o bem e o mal, entre servir ao Deus verdadeiro e aos deuses pagãos, da mesma forma, diante de cada um de nós a mesma oportunidade é oferecida.

Os fatalistas pensam que toda nasce com um destino do qual não pode fugir. Dentro deste pensamento, se alguém é alcoólatra, homicida ou homossexual é porque este é seu destino.

Entretanto esta não é verdade

Jr 8.21 Assim diz o SENHOR: Eis que ponho diante de vós o caminho da vida e o caminho da morte. 

Jesus nos dá uma palavra mas clara sobre este assunto em Mt 7.13-14

Aqui o Senhor nos apresenta o direito de escolher entre:

1º Duas portas (larga e estreita)
2º Dois caminhos (espaçoso e apertado)
3º Dois destinos (perdição e a vida) note bem que estes resultados dependerão daquilo que escolhermos. Cada escolha tem sua consequência.

É interessante notar que pessoas com as mesmas possibilidades escolhem destinos opostos.

Os dois ladroes que estavam ao lado de Jesus também tiveram a mesma oportunidade, mas escolheram destinos diferentes.

  • A urgência da escolha

Escolhei hoje” diz o texto.

Muitas pessoas tem a tendência de adiar as decisões mesmo diante das oportunidades que a vida lhe oferece.

Geralmente isso sempre acontece diante da possibilidade de salvação, quando damos a oportunidade da pessoa confessar a Jesus o que quase sempre ouvimos é “ainda não, quem sabe um dia”.

Certa vez um pastor chamado Nilson Dimarzio evangelizava um comerciante de minha cidade natal, Petrópolis chamado Walker Mynssen, após sua conversa, este comerciante disse que iria tomar sua decisão, mas não naquele momento pois estava com muitos compromissos, porém não deu tempo, menos de quinze dias, enquanto dirigia na estrada de Areal e Três Rios seu carro bateu de frente com um caminhão e ele teve morte instantânea.

II Co 6.2b – eis agora, o tempo sobremodo oportuno, eis agora o dia da salvação.

Hb 3.15- Hoje, se ouvires a sua voz, não endureçais o vosso coração.

  • O alcance da escolha

Eu e minha casa serviremos ao Senhor”

Josué manifesta a escolha de sua família, embora a essa escolha tem que ser individual pois a bíblia nos diz que cada um dará conta de si diante de Deus, o Senhor tem um cuidado especial pela família e quer ver todos salvos.

Foi assim com Noé Gn 7.1, ao ex-endemoninhado gadareno Jesus disse a ele: “Vai para tua casa, para os teus, e anuncia-lhes o quanto o Senhor te fez, e como teve misericórdia de ti Mc 5.19”.

Na prisão em Filipos, Paulo e Silas disse ao carcereiro “Crê no Senhor Jesus e será salvo tu e tua casa” At 16.31-33

Lembre-se você deve escolher se vai ou não abrir o coração para Jesus, saiba que não escolher já é uma escolha, portanto façamos como Maria que escolheu a boa parte que não lhe será tirada Lc 10. 42


Deus te abençoe.


quarta-feira, 9 de maio de 2012

Pastores feridos.

Pastores que abandonam o púlpito enfrentam o difícil caminho da auto-aceitação e do recomeço.


Desânimo, solidão, insegurança, medo e dúvida. Uma estranha combinação de sensações passou a atormentar José Nilton Lima Fernandes, hoje com 41 anos, a certa altura da vida. Pastor evangélico, ele chegou ao púlpito depois de uma longa vivência religiosa, que se confunde com a de sua trajetória. Criado numa igreja pentecostal, Nilton exerceu a liderança da mocidade já aos 16 anos, e logo sentiria o chamado – expressão que, no jargão evangélico, designa aquele momento em que o indivíduo percebe-se vocacionado por Deus para o ministério da Palavra. Mas foi numa denominação do ramo protestante histórico, a Igreja Presbiteriana Independente (IPI), na cidade de São Paulo, que ele se estabeleceu como pastor. Graduado em Direito, Teologia e Filosofia, tinha tudo para ser um excelente ministro do Evangelho, aliando a erudição ao conhecimento das Sagradas Escrituras. Contudo, ele chegou diante de uma encruzilhada. Passou a duvidar se valeria mesmo a pena ser um pastor evangélico. Afinal, a vida não seria melhor sem o tal “chamado pastoral”?

As razões para sua inquietação eram enormes. Ordenado pastor desde 1995, foi justamente na igreja que experimentou seus piores dissabores. Conheceu a intriga, lutou contra conchavos, desgastou-se para desmantelar o que chama de “estrutura de corrupção” dentro de uma das igrejas que pastoreou. Mas, no fim de tudo isso, percebeu que a luta fora inglória. José Nilton se enfraqueceu emocionalmente e viu o casamento ir por água abaixo.  Mesmo vencendo o braço-de-ferro para sanar a administração de sua igreja, perdeu o controle da vida. A mulher não foi capaz de suportar o que o ministério pastoral fez com ele. “Eu entrei num processo de morte. Adoeci e tive que procurar ajuda médica para me restabelecer”, conta. Com o fim do casamento, perdeu também a companhia permanente da filha pequena, uma das maiores dores de sua vida.

Foi preciso parar.  No fim de 2010, José Nilton protocolou uma carta à direção de sua igreja requisitando a “disponibilidade ativa”, uma licença concedida aos pastores da denominação. Passou todo o ano de 2011 longe das funções ministeriais. No período, foi exercer outras funções, como advogado e professor de escola pública e de seminário.  “Acho possível servir a Jesus, independentemente de ser pastor ou não”, raciocina, analisando a vida em perspectiva. “Não acredito mais que um ministério pastoral só possa ser exercido dentro da igreja, que o chamado se aplica apenas dentro do templo. Quebrei essa visão clerical”. Reconstruindo-se das cicatrizes, Nilton casou-se novamente. E, este ano retornou ao púlpito, assumindo o pastoreio de uma igreja na zona leste de São Paulo. Todavia, não descarta outro freio de arrumação. “Acho que a vida útil de um líder é de três anos”, raciocina. “É o período em que ele mantém toda a força e disposição. Depois, é bom que esse processo seja renovado”. É assim que ele pretende caminhar daqui para frente: sem fazer do pastorado o centro ou a razão da sua vida.

Encontrar o equilíbrio no ministério não é tarefa fácil. Que o digam os ex-pastores ou pastores afastados do púlpito que passam a exercer outras atividades ou profissões depois de um período servindo à igreja. Uma das maiores denominações pentecostais do país, a Igreja do Evangelho Quadrangular (IEQ), com seus 30 mil pastores filiados – entre homens e mulheres –, registra uma deserção de cerca de 70 pastores por mês desde o ano passado. Os números estão nas circulares da própria igreja. Não é gente que abandona a fé em Cristo, naturalmente; em sua maioria, os religiosos que pedem licença ou desligamento das atividades pastorais continuam vivendo sua vida cristã, como fez José Nilton no período em que esteve afastado do púlpito. É que as pressões espirituais e as demandas familiares e pessoais dos pastores, nem sempre supridas, constituem uma carga difícil de suportar ao longo doa anos. Some-se a isso os problemas enfrentados na própria igreja, as cobranças da liderança, a necessidade de administrar a obra sob o ponto de vista financeiro e – não raro – as disputas por poder e se terá uma ideia do conjunto de fatores que podem levar mesmo aquele abençoado homem de Deus a chutar tudo para o alto.

A própria IPI, onde José Nilton militou, embora muito menor que a Quadrangular – conta com cerca de 500 igrejas no país e 690 pastores registrados –, teria hoje algo em torno de 50 ministros licenciados, número registrado em relatório de 2009. Pode parecer pouco, mas representa quase dez por cento do corpo de pastores ativos. Caso se projete esse percentual à dimensão da já gigantesca Igreja Evangélica brasileira, com seus aproximadamente 40 milhões de fiéis, dá para estimar que a defecção dos púlpitos é mesmo numerosa. De acordo com números da Fundação Getúlio Vargas, o número de pastores evangélicos no país é cinco vezes maior do que a de padres católicos, que em 2006 era de 18,6 mil segundo o levantamento Centro de Estatísticas Religiosas e Investigações Sociais. Porém, devido à informalidade da atividade pastoral no país, é certo que os números sejam bem maiores.

FERIDOS QUE FEREM

O chamado pastoral sempre foi o mais valorizado no segmento evangélico. Por essa razão, é de se estranhar quando alguém que se diz escolhido por Deus para apascentar suas ovelhas resolva abandonar esse caminho. Nos Estados Unidos, algumas pesquisas tentam explicar os principais motivos que levam os pastores a deixar de lado a tarefa que um dia abraçaram. 

Uma delas foi realizada pelo ministério LifeWay, que, por telefone, contatou mil pastores que exerciam liderança em suas comunidades eclesiásticas. E o resultado foi que, apesar de se sentirem privilegiados pelo cargo que ocupavam (item expresso por 98% dos entrevistados), mais da metade, ou 55%, afirmaram que se sentiam solitários em seus ministérios e concordavam com a afirmação “acho que é fácil ficar desanimado”. Curiosamente, foram os veteranos, com mais 65 anos, os menos desanimados. Já os dirigentes das megaigrejas foram os que mais reclamaram de problemas. De acordo com o presidente da área de pesquisas da Life Way, Ed Stetzer – que já pastoreou diversas igrejas –, a principal razão para o desânimo pode vir de expectativas irreais. “Líderes influenciados por uma mentalidade consumista cristã ferem todos os envolvidos”, aponta. “Precisamos muito menos de clientes e muito mais de cooperadores”, diz, em seu blog pessoal.

Outras pesquisas nos EUA vão além. O Instituto Francis Schaeffer, por exemplo, revelou que, no último ano, cerca de 1,5 mil pastores têm abandonado seus ministérios todos os meses por conta de desvios morais, esgotamento espiritual ou algum tipo de desavença na igreja. Numa pesquisa da entidade, 57% dos pastores ouvidos admitiram que deixariam suas igrejas locais, mesmo se fosse para um trabalho secular, caso tivessem oportunidade. E cerca de 70% afirmam sofrer depressão e admitem só ler a Bíblia quando preparam suas pregações. Do lado de cá do Equador, o nível de desistência também é elevado, ainda mais levando-se em conta as grandes expectativas apresentadas no início da caminhada pastoral pelos calouros dos seminários. “No começo do curso, percebemos que uma boa parte dos alunos possui um positivo encantamento pelo ministério. Mais adiante, já demonstram preocupação com alguns dilemas”, observa o diretor da Faculdade Teológica Batista de São Paulo, o pastor batista Lourenço Stélio Rega. Ele estima que 40% dos alunos que iniciam a faculdade de teologia desistem no meio do caminho. Os que chegam à ordenação, contudo, percebem que a luta será uma constante ao longo da vida ministerial – como, aliás, a própria Bíblia antecipa.

E, se é bom que o ministro seja alguém equilibrado, que viva no Espírito e não na carne, que governa bem a própria casa, seja marido de uma só mulher (ou vice-versa, já que, nos tempos do apóstolo Paulo não se praticava a ordenação feminina) e tantos outros requisitos, forçoso é reconhecer que muita gente fica pelo caminho pelos próprios erros. “O ministério é algo muito sério” lembra Gedimar de Araújo, pastor da Igreja Evangélica Ágape em Santo Antonio (ES) e líder nacional do Ministério de Apoio aos Pastores e Igrejas, o Mapi. “Se um médico, um advogado ou um contador erram, esse erro tem apenas implicação terrena. Mas, quando um ministro do Evangelho erra, isso pode ter implicações eternas.”

Desde que foi criado, há 20 anos, em Belo Horizonte (MG), como um braço do ministério Servindo Pastores e Líderes (Sepal), o Mapi já atendeu milhares de pastores pelo país. Dessa experiência, Gedimar traça quatro principais razões que podem ser cruciais para a desmotivação e o abandono do ministério. “Ativismo exagerado, que não deixa tempo para a família ou o descanso; vida moral vacilante, que abre espaço para a tentação na área sexual; feridas emocionais e conflitos não resolvidos; e desgaste com a liderança, enfrentando líderes autoritários e que não cooperam”, enumera. Para ele, é preciso que tanto os membros das igrejas quanto as lideranças denominacionais tenham um cuidado especial com os pastores. “Muitos sofrem feridas, como também, muitas vezes, chegam para o ministério já machucados. E, infelizmente, pastor ferido acaba ferindo”.

Quanto à responsabilidade do próprio pastor com o zelo ministerial, Gedimar é taxativo: “É melhor declinar do ministério do que fazê-lo de qualquer jeito ou por simples necessidade”. A rede de apoio oferecida pelo Mapi supre uma lacuna fundamental até mesmo entre os pastores – a do pastoreio. “É preciso criar em torno do ministro algumas estruturas protetoras. É muito bom que o líder conte com um grupo de outros pastores onde possa se abrir e compartilhar suas lutas; um mentor que possa ajudá-lo a crescer e acompanhamento para seu casamento e família e, por fim, ter companheiros com quem possa desenvolver amizades e relacionamentos saudáveis e sólidos”, enumera.

EXPECTATIVAS

Juracy Carlos Bahia, pastor e diretor-executivo da Ordem dos Pastores Batistas do Brasil (OPBB), sediada no Rio de Janeiro, conhece bem o dilema dos colegas que, a certa altura do ministério, sentem-se questionados não só pelos outros, mas, sobretudo, por si mesmos. Ele lida com isso na prática e sabe que o preço acaba sendo caro demais. “Toda atividade que envolve vocação, como a do professor, a do médico ou a do pastor, é vista com muita expectativa. Quando se abandona esse caminho, é natural um sentimento de inadequação”. Para Bahia, o desencantamento com o ministério pastoral é fruto também do que entende como frustrações no contexto eclesiástico. Há pastores, por exemplo, que julgam não ter todo seu potencial intelectual utilizado pela comunidade. “Às vezes, o ministro acha que a igreja que pastoreia é pequena demais para seus projetos pessoais”, opina. Isso, acredita Bahia, estimula muitos a acumularem diversas funções, além das pastorais. “Eu defendo que os pastores atuem integralmente em seus ministérios. Porém, o que temos visto são pastores-advogados, pastores-professores, enfim, pastores que exercem outras profissões paralelas ao púlpito”, observa.

No entender do dirigente da OPBB, esse acúmulo de funções mina a energia e o potencial do obreiro para o serviço de Deus. A associação reúne aproximadamente dez mil pastores batistas e Bahia observa isso no seio da própria entidade: “Creio que metade deles sofra com a fuga das atividades pastorais para as seculares”. Contudo, ele acredita que deixar o ministério não é algo necessariamente negativo. “A pessoa pode ter se sentido vocacionada e, mais adiante na vida, por meio da experiência, das orações e interação com outros pastores, é perfeitamente possível chegar à conclusão que a interpretação que fez sobre seu chamado não foi adequada e sim emotiva”.

Quando, já na meia idade, casado e com dois filhos, ingressou no Seminário Presbiteriano do Norte (SPN), na capital pernambucana, Recife, Francisco das Chagas dos Santos parecia um menino de tanto entusiasmo. Nem mesmo as críticas de parentes para que buscasse uma colocação social que lhe desse mais status e dinheiro o desmotivou. “A igreja, para mim, é a melhor das oportunidades de buscar e conhecer meu Criador para que, pela graça, eu continue com firmeza a abrir espaço em meu coração para que ele cumpra sua vontade em mim, inclusive no ministério pastoral”, anotou em sua redação para o ingresso no SPN, em 1998. Ele formou-se no curso, foi ordenado pastor em 2003 e dirigiu igrejas nas cidades de Garanhuns e Saloá.

Hoje, aos 54 anos, Francisco trabalha como servidor público no Instituto Agronômico de Pernambuco. Ainda não curou todas as feridas e ressentimentos desde que, em 2010, entregou seu pedido de desligamento da denominação. Ele lamenta o tratamento recebido pelos seus superiores enquanto foi pastor. “Minha opinião sobre igreja não mudou. Nunca planejei um dia pedir licença ou despojamento do ministério. Mas entendo que somos o Corpo de Cristo, e, se uma unha dói, todos nós estamos doentes”, pondera. “Não é possível ser pastor sem pensar em restaurar vidas – e existem muitas vidas precisando de conserto, inclusive entre nós, pastores”.

A vida longe dos púlpitos ainda não foi totalmente sublimada e Francisco sabe bem que será constantemente indagado sobre sua decisão de deixar o ministério. “A impressão é que você deixou um desfalque, que adulterou ou algo parecido”, observa. Ele não considera voltar a pastorear pela denominação na qual se formou, porém não consegue deixar de imaginar-se como pastor. “Uma vez pastor, pastor para sempre”, recita, “muito embora as pessoas, em geral, acreditem que seja necessário um púlpito.”


Porta de saída

Pesquisa realizada nos Estados Unidos traçou um panorama dos problemas da atividade pastoral...

70% dos pastores admitem sofrer de depressão e estresse
80% deles sentem-se despreparados para o ministério
70% afirmam só ler a Bíblia quando precisam preparar seus sermões
40% já tiveram casos extraconjugais
30% reconhecem ter reduzido as próprias contribuições às igrejas após a crise financeira

... e avaliou as consequências disso:

1,5 mil pastores deixam o púlpito todos os meses
5 mil religiosos buscavam emprego secular no ano de 2009, mais do que o dobro do que ocorria em 2005
2 a 3 anos de ministério é o tempo médio em que os pastores deixam suas igrejas, sendo em direção a outras denominações ou não

Fontes: Barna Group, Christian Post, The Wall Street Journal, Instituto Francis A. Schaeffer e Instituto Jetro


Rebanho às avessas

A maioria dos pastores que se afastam de suas atividades ministeriais não abandona a fé em Cristo. Cada um deles, a seu modo, mantém sua vida espiritual e o relacionamento pessoal com Deus. Mas há quem saia do púlpito pela porta dos fundos, renegando as crenças defendidas com ardor durante tantos anos de atividade sacerdotal. Para estes – e, é bom que se diga, trata-se de uma opção nada recomendável –, existe a Freedom from Religion Foundation (“Fundação para o fim da religião”), entidade criada por ninguém menos que o mais famoso apologista do ateísmo da atualidade, o escritor britânico Richard Dawkins, autor do best-seller Deus, um delírio. Ele e um grupo de céticos lançaram o Projeto Clero, iniciativa que visa a apoiar ex-clérigos – pastores, padres, rabinos – no reinício da vida longe das funções religiosas. “Sacerdotes que perdem sua fé sofrem uma penalização dupla. Eles perdem seu emprego e, ao mesmo tempo, sua família e a vida que sempre tiveram”, argumenta Dawkins, no site do projeto. Não se tem notícia confiável de quantos ex-líderes aderiram ao Projeto Clero, mas parece óbvio que a ideia do refúgio ateu não é apenas abraçar sacerdotes cansados da vida religiosa, mas também engrossar o rebanho crescente daqueles que repudiam a possibilidade da existência de Deus.


Mudança difícil

Não foi uma escolha fácil. Quando o ex-pastor batista Osmar Guerra decidiu que seu lugar não era mais o púlpito, logo foi fustigado por olhares de decepção das pessoas que estavam ao seu redor e acreditavam em seu trabalho espiritual. Afinal, desde menino ele era o “pastorzinho” de sua igreja em Piracicaba, no interior paulista. Desinibido e articulado, o garoto, bem ensinado pelos pais na fé cristã, apresentava uma natural vocação para o pastorado. Por isso, foi natural sua decisão de matricular-se Faculdade Teológica Batista de São Paulo e, após os anos de estudo, assumir a função de pastor de adolescentes da Igreja Batista da Água Branca (IBAB), na capital paulista.

Começava ali uma promissora carreira ministerial. Osmar dividia seu trabalho entre as funções na igreja e as aulas de educação cristã, lecionadas no tradicional Colégio Batista. Tempos depois, o pastor transferiu-se para outra grande e prestigiada congregação, a Igreja Batista do Morumbi. Mas algo estava fora de sintonia, e Osmar sabia disso. Toda sua desenvoltura na oratória, sua capacidade de mobilização e seu espírito de liderança poderiam não ser, necessariamente, características de uma vocação pastoral. E, como dizem os jovens que ele tanto pastoreou, pintou uma dúvida: seu lugar era mesmo diante do rebanho?  “Eu era um excelente animador. Mas me faltava vocação, e fui percebendo isso cada vez mais”.

O novo caminho, ele sabia, não seria compreendido com facilidade pela família, pelos amigos e pelas ovelhas. Mas ele decidiu voltar a estudar, e escolheu a área de rádio e TV. E, mesmo ali, não escapou do apelido de “pastor”, aplicado pela turma. Quando conseguiu um estágio na TV Record, percebeu que ficava totalmente à vontade entre os cenários, as produções e os auditórios. Com seu talento natural, Osmar deslanchou, e o artista acabou suplantando o pastor. Depois de pedir demissão da igreja, em 2005, ele galgou posições na emissora e hoje é o produtor de um dos programas de maior sucesso da casa, O melhor do Brasil, apresentado pelo Rodrigo Faro.
“Durante muito tempo, fiquei em crise”, reconhece hoje, aos 31 anos. “Tive medo de tomar a decisão de deixar de ser pastor. Mas, hoje, sinto-me mais confiante e honesto comigo mesmo e perante os outros”, garante. Longe do púlpito, mas não de Jesus, Osmar Guerra continua participativo na sua igreja, a IBAB, onde toca e canta no louvor. De sua experiência, ele se acha no direito de aconselhar os mais jovens. “Defendo que, antes do seminário, as pessoas busquem formação em outras áreas, ainda mais quando são novas”, diz. Isso, segundo ele, pode abrir novas possibilidades se o indivíduo, por um motivo qualquer, sentir-se desconfortável no púlpito. Contudo, ele não descarta o valor de um chamado genuíno: “Se, mesmo assim, a vontade de se tornar um pastor continuar, isso é sinal de que o caminho pode ser esse mesmo.”